História de sucesso

Lucas Flach

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Hachiko Pet House | RJ

Existe uma máxima que diz que em toda crise se esconde uma boa oportunidade. Basta olhar com atenção.
 
Isso faz todo sentido para Lucas Flach, 30 anos, nascido e criado em Niterói, RJ. Formado em engenharia mecânica, trabalhou, por três anos, em uma empresa americana de óleo e gás que prestava serviço para a Petrobras. Uma crise institucional, em 2016, provocou a não-renovação de contrato de 150 pessoas. Lucas estava na lista.
 
Sua empregabilidade ficou baixa, uma vez que era especialista em um equipamento específico, de uma empresa específica, e tinha apenas essa experiência profissional em sua área. Pensou em se dar seis meses para tentar uma recolocação e, caso não conseguisse, colocaria em prática um velho plano: empreender.
 
Passado o prazo e tendo feito apenas uma entrevista, que não deu em nada, Lucas começou a estudar diversos negócios, como o mercado financeiro e as franquias. Do conserto de funilaria às redes de restaurante, achou a área pet. Estudou esse mercado com frieza e percebeu que é um setor que promove crescimento empresarial, mesmo em anos de crise.

Aquele era um momento de crise. Lucas enxergou, nele, oportunidade.

Começou a mapear o perfil dos donos de pet shop e viu que a maior parte dos empreendimentos é aberta por veterinários que querem aplicar a parte técnica e aproveitam o espaço para criar a loja. Além disso, no Rio de Janeiro, existem poucas redes grandes e bem consolidadas nessa seara. O cenário se mostrou limitado, mas com potencial de crescimento, já que o que falta a muitos empreendedores é o conhecimento técnico em gestão administrativa.
 
Encontrou, pelo caminho, sócios que, com bagagem corporativa em multinacionais, sabiam lidar com essa parte perfeitamente bem. Um deles seu primo, o administrador Fabiano Flach. Estava fechado o time.
 
Só faltava entender como o mercado pet poderia transformar o rumo de suas carreiras para melhor.

Além da crise, os traumas

Enquanto estudava a área dos pet shops, Lucas também foi tomado por sua memória emocional. Ele sempre teve cachorro, sempre gostou de cachorro, e começou a pensar em empreender em algo do qual realmente gostava. Foi assim que o mercado pet lhe saltou os olhos – e a Hachiko Pet House é guiada pelos ensinamentos que Lucas tirou dos traumas de ter e perder três cachorros para a desinformação.
 
Quando tinha 4 anos, os pais compraram um cachorrinho pra ele e o irmão. Os adultos da casa trabalhavam muito, o dia inteiro, e, quando colocaram um bichinho na equação, o apartamento acabou virando um pandemônio. Kiko, o cãozinho, ficou apenas quatro meses na família antes que os pais de Lucas o dessem para outra família.

Na segunda tentativa, eles moravam em uma casa – o que parecia fazer mais sentido. Veio uma pastora belga, de nome Shana, que eles não conseguiram educar. Era cocô espalhado pela casa inteira, adultos chegando do serviço cansados e tendo que fazer a limpeza… o desfecho de Shana foi o mesmo de Kiko.
 
O terceiro cachorro chegou na adolescência dos irmãos. Mas, como eles continuaram sem saber educar, a história voltou a se repetir.
 
Tudo isso marcou Lucas profundamente, e ele só descobriu o quanto quando se viu querendo abrir um pet shop. Conversou com os sócios e, juntos, eles decidiram que queriam ter um empreendimento que também funcionasse como centro de informação. Ele tem certeza que, se os pais tivessem encontrado informações na época em que tentaram incluir um cachorro na família, todos iriam entender melhor o comportamento dos cães, os cães iam entender seu papel naquela matilha e, “certamente, seria uma felicidade absurda”.

Por isso, a Hachiko tem, no sangue, a necessidade de disseminar informação. A Dra. Jéssica, veterinária da clínica, está na loja sempre que não tem atendimentos, justamente para ficar à disposição de quem precisa se informar melhor.

Assim, além de oferecer serviços de excelência, a empresa também prima por ser um ponto de informação, um lugar que transmite conhecimento. Os sócios entendem que a falta de entendimento gera problemas em cascata que impactam não só a população animal mas, também, a sociedade.

Eles têm certeza que muitos cachorros e gatos abandonados são fruto de desinformação, pelo simples fato de as pessoas não entenderem como os animais funcionam. Que não adianta bater ou se estressar: não é isso que vai fazer o bichinho entender onde fazer cocô ou que não deve comer um sofá.

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Se todo mundo entender um pouco do comportamento e da necessidade do cão, ele tem uma resposta melhor. Isso já foi visto em muitos exemplos dentro da Hachiko

Lucas Flasch, HACHIKO – Rio de Janeiro (RJ)

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“Quando a gente dá uma dica, por mais simples que seja, as pessoas sempre voltam agradecendo. Os clientes se fidelizam por saber que podem contar com a Hachiko. Vender vira a consequência”.

E por falar em vender…

Quando foi inaugurada, em 2017, a Hachiko Pet House não tinha vendedor contratado: eram os sócios que vendiam. Os três vendiam, gerenciavam, marcavam banho e tosa, consulta, compravam… faziam tudo. E também conversavam por muito tempo com os potenciais clientes, tirando suas dúvidas. Muitas vezes, encerravam o contato sem vender nada.
 
Os atuais vendedores, contratados para essa função, são treinados para se relacionar antes de vender. Funciona assim: entendendo o que a pessoa precisa, podem até deixar de fechar uma venda, caso o cliente não precise comprar nada. Contudo, esse relacionamento pode render frutos no futuro.

O trio de sócios estudou muito sobre cães e gatos para abrir a empresa e, com isso, conseguiram fidelizar uma quantidade enorme de gente em apenas um ano – evolução pela qual nem eles esperavam. Quando faziam o plano de negócios, o cenário mostrava que eles conseguiriam se capitalizar para a abertura de uma nova loja em quatro anos. Conseguiram abrir a segunda unidade em apenas dois.
 
O segredo? Eles tentam trazer o máximo de profissionalismo, adquirido nas experiências prévias, além de buscar a ajuda de especialistas. Lucas acredita que, por não serem da área, conseguem trazer uma visão complementar ao negócio.

Coisa de cinema

Lucas conta que ele e os sócios sabiam o que queriam que a empresa fosse: fiel aos animais e aos tutores. Como transmitir esse valor no nome? Quando a pesquisa começou, Lucas se lembrou do filme sobre um cão adotado por um professor. Todos os dias, ele acompanhava o tutor até a estação de trem, e ia “buscá-lo” na volta. Em um desses dias, o tutor morre, repentinamente, mas o cão não para de voltar à estação para esperá-lo. Ele faz isso por nove anos.

O nome do cão? Hachiko.

É exatamente essa imagem de fidelidade que os sócios queriam passar. Quando Lucas sugeriu o nome, não houve hesitação. A marca tem conseguido transmitir esse ideal. Como é um negócio novo, eles não têm muita condição de negociar com os clientes, mas as pessoas continuam comprando – e falam que, mesmo com alguns produtos de maior valor, eles continuam preferindo a Hachiko, onde o atendimento é excelente.

No fim das contas, não é o preço, é o valor.

Lucas e os sócios se preocupam tanto com essa questão que organizaram todo o fluxo operacional da loja antes mesmo de ela abrir. O sistema de gestão, por exemplo, foi contratado alguns meses antes da inauguração.
 
A necessidade de um software com essa finalidade chegou ao conhecimento do trio através de conversas com veterinários que já tinham experiência em gestão de pet shop. Buscaram diversos nomes e testaram, no mínimo, uns quinze sistemas. Quando chegaram na SimplesVet, não tiveram dúvidas. Essa era a parceria certeira.
 
Lucas conta que o sistema da SimplesVet foi o melhor de todos; tanto que começaram a loja com ele e o utilizam até hoje. Ele relata que o software os deixou muito tranquilos, principalmente no começo, quando tinham uma enxurrada de dúvidas. Eles sempre podiam contar com a rapidez e a assertividade do suporte da SimplesVet, o que os certificou de que estavam no caminho certo.
 
Ele também gosta de ver que algumas sugestões dadas por eles foram implantadas na ferramenta. Assim como a Hachiko, a SimplesVet também tem, entre seus valores, a melhoria contínua.

Um sonho possível

Ao ser perguntado sobre o sonho de sua vida, Lucas não pensa dois segundos antes de responder: fazer quem que não haja mais animais de rua, até porque a visão da Hachiko é baseada nesse princípio. Eles querem construir algo maior. Pensam em qual legado querem deixar para os próximos cem anos.

Acreditam que o maior desafio – e, também, o maior propósito – da Hachiko Pet House é criar uma entidade que permita às famílias serem mais felizes ao ter um pet, a partir da disseminação de informação e conhecimento sobre como lidar com animais e até porquê ter animais.

Querem fazer isso de bairro em bairro, de lugar em lugar, até que possam atingir o maior número possível de pessoas e conscientizá-las a não abandonar os bichos, e só adotar se realmente for isso o que a família quer.

Lucas conta que o trio tem um projeto de formatação de franquias, visando a expansão da marca para outros locais do Brasil. “Somos dois engenheiros e um administrador. O que a gente sabe fazer é formatar processos”. Eles também já desenvolvem um plano de educação para crianças em idade escolar. A ideia é que as crianças sejam embaixadoras da causa animal, trazendo o olhar dos adultos para o cuidado ao pet.

Dá pra ver que o nome da empresa foi, de fato, bem escolhido. Eles estão empenhados em crescer a empresa a partir do estudo profundo do mercado e da preocupação com o bem-estar dos bichinhos, mesmo que não tenham se formado em medicina veterinária. Querem – e trabalham para – estar sempre ao lado de quem também ama os animais.

A pergunta que fica é: de que lado você está?

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O SimplesVet é um sistema de gestão de pet escolhido por mais de 6.000 clínicas veterinárias e petshops. Estamos em todo o Brasil, simplificando a rotina de quem ama cuidar dos animais.

Desde 2013, estamos nessa jornada colecionando histórias inspiradoras – de muito trabalho e sucesso. Por isso, criamos esse projeto de Histórias de sucesso para dar voz a essas pessoas incríveis.

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