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Como fazer a anamnese veterinária? Etapas, dicas e perguntas

anamnese veterinaria

Equipe SimplesVet  –  

Tempo de leitura: 9 minutos

O amor pelos animais é um dos principais fatores que leva uma pessoa a seguir a carreira na medicina veterinária. Mas esses adoráveis pacientes nem sempre podem nos contar, detalhadamente, o problema deles. E é aí que a anamnese veterinária entra em cena.

Com essa entrevista muito bem planejada com os tutores, é possível aprender sobre os hábitos do pet, suas necessidades, carências e também o seu histórico médico.

Tudo, portanto, que pode oferecer uma base completa de informações para que as suas decisões sejam as mais assertivas possíveis.

E tem, inclusive, um jeito todo especial de aprender como fazer uma anamnese veterinária, sabia? Ao longo deste post, a gente vai te mostrar qual é e destacar alguns fatores que podem contribuir qualitativamente para todos os procedimentos que você realizar.

Boa leitura!

Etapas do exame clínico veterinário

Independentemente do tempo que você seja responsável pelo pet, o exame clínico vai passar por etapas muito bem definidas. Confira, a seguir, quais são.

Identificação do animal

A primeira etapa consiste em identificar o paciente e suas características gerais. Nesse sentido, podemos destacar algumas das principais informações:

  • espécie;
  • raça;
  • sexo;
  • nome;
  • idade.

Além de qualquer outro dado evidente e relevante que facilite a identificação do pet — inclusive, comportamentais. Afinal, isso pode ajudar bastante na forma com a qual você recebe e aborda cada animalzinho.

Veja também: dicas para desenvolver a sua clínica veterinária

Anamnese e histórico

Aqui, você já começa a explorar as condições gerais do paciente e vai contar com dois elementos determinantes para isso: a anamnese veterinária e o histórico médico.

Antes de mais nada, como você deve saber, consiste na entrevista com o tutor do pet para avaliar justamente o histórico de saúde, a situação atual e eventuais traços que possam contribuir para uma avaliação mais precisa.

Com isso, a anamnese veterinária funciona como um elemento investigativo e histórico, já que as informações levantadas ficam gravadas no registro e vão auxiliar nas futuras consultas.

Exame físico

Hora de avaliar o momento que trouxe o tutor e seu pet à sua clínica veterinária.

Esse passo consiste no exame físico a partir da própria queixa que o animal manifesta por meio dos sintomas juntamente com a suspeita do seu cliente de que tem algo errado com o pet.

Daí, é hora de explorar as condições gerais do paciente a partir das seguintes avaliações:

Sistema digestório

  • apetite e deglutição;
  • emese e regurgitação;
  • defecação e fezes;
  • ingestão de água.

Sistema cardio-respiratório

  • respiração;
  • tosse/espirro;
  • secreção nasal e/ou ocular;
  • intolerância ao exercício;
  • aumento de volume.

Sistema gênito-urinário

  • micção;
  • fêmeas;
  • machos.

Sistema nervoso-locomotor

  • convulsões ou alterações de comportamento;
  • postura e marcha;
  • possibilidade de intoxicação.

Peles e anexos

  • pele;
  • orelha;
  • unha.

Manejo

  • presença de ectoparasitas;
  • ambiente;
  • dieta;
  • banhos;
  • vacinação;
  • contactantes;
  • antecedentes mórbidos.
O que é uma anamnese veterinária?
Vet Medical Center (ES), cliente SimplesVet

Exames complementares

Se as etapas anteriores não se mostrarem suficientes para apontar um diagnóstico inquestionável, você deve solicitar exames complementares. Assim, qualquer suspeita ainda incerta pode ser confirmada — ou descartada, dependendo do resultado.

Leia também: dicas de organização para uma clínica veterinária

O que é uma anamnese veterinária?

Controle de vacinas, estoque e mais.
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Vamos voltar à anamnese veterinária, já que o assunto vai um tanto além da sua definição básica. Apenas para recordar: o procedimento é reconhecido como um recurso estratégico valioso para a avaliação clínica dos pacientes.

Pois é a partir dela que você vai conhecer a fundo o estado de saúde geral dos pets sob o seu cuidado e, ainda, contar com um histórico deles. 

E como isso é feito?

Bom, a anamnese animal começa com uma entrevista direta com o tutor do pet. A partir dela, você coleta informações diversas, como os hábitos diários, a dieta e também a rotina de exercícios, lazer e medicamentos (se aplicável) do animalzinho.

Aqui, também, você tira as suas conclusões iniciais — inclusive, porque existem diferentes perfis de tutores (e dos quais falaremos adiante) e isso interfere diretamente nas conclusões registradas na anamnese veterinária.

Veja também: como abrir uma farmácia veterinária

Para que serve a anamnese?

Resumidamente, a anamnese é um instrumento de investigação. Com ela, você aprende mais sobre os seus pacientes (afinal, eles mesmos não podem relatar, em detalhes, o que estão sentindo além dos sintomas clínicos).

Com o auxílio do tutor e também de sua avaliação preliminar, a anamnese compõe um registro médico que vai figurar no prontuário veterinário e favorecer as próximas consultas.

Qual a importância da anamnese animal?

Talvez, a esta altura, tenha ficado evidente o valor da anamnese animal, certo?

Esse é um poderoso método para compreender o que se passa com o pet a partir de informações coletadas anteriormente, além de preservar o histórico médico do paciente. Por exemplo:

  • cirurgias (se houve ou não, e quais);
  • medicamentos — aqueles que já foram administrados ou ainda estão em uso;
  • hábitos alimentares;
  • rotina de banhos.

Basicamente, informações gerais, mas que são relevantes para um diagnóstico, abordagem e tratamento sempre ágeis, precisos e eficientes.

Portanto, você deve ter bastante atenção com essa etapa do exame clínico, considerando que as suas perguntas, na entrevista, extraiam respostas diretas, objetivas e verdadeiras.

Como fazer uma boa anamnese veterinária?

O ponto-chave, aqui, está no tom usado ao conversar com o tutor. Lembre-se de manter a empatia e cordialidade, mas adotar um tom uniforme e investigativo sem inibir a pessoa.

Repreensões e tons acusatórios ou carregados de julgamento podem retrair algumas pessoas, e isso vai comprometer o resultado da sua anamnese animal. 

Dessa maneira, é sempre recomendável que os tutores fiquem à vontade, nessa conversa, permitindo que se abram honesta e integralmente para favorecer o seu trabalho e também o tratamento de saúde do bichinho de estimação do seu cliente.

Entenda como proceder ao realizar uma anamnese veterinária.

Como fazer uma boa anamnese veterinária?
Univet (ES), cliente SimplesVet

Início

O início envolve toda a relação social com o tutor. Ou seja: o atendimento inicial, a escuta aberta sobre o problema, a maneira de se portar e comportar com o cliente e o próprio pet e nas perguntas e respostas que você conceder nessa conversa.

Exploração

Anote aí os pontos a serem considerados no início da anamnese veterinária:

  • sua vestimenta;
  • apresentação;
  • forma de se dirigir ao cliente e ao pet;
  • sensação e emoção transmitidas na conversa (cordialidade, evitar interrupções e julgamentos e o interesse no assunto em si);
  • linguagem verbal e corporal;
  • atenção às perguntas que podem inibir ou induzir a uma resposta (como a acusação de que o tutor deu a dosagem errada de um medicamento ao pet);
  • cuidado em formular e reformular questões ao perceber a retração do cliente.

Sumarizar

Ao sumarizar a anamnese, você vai reunir todas as informações e chegar a conclusões para a realização de procedimentos, exames e análises necessários para a eventual condição de saúde do animal.

Lembrando que, aqui, você repassa essas informações ao tutor, expondo as suspeitas, o que será realizado (e como) e permanecer à disposição para ouvir e tirar as dúvidas que a pessoa possa ter.

Encerramento

Com os exames, o manuseio e a entrevista encerrados, você compila as informações e atualiza o registro médico para contar com essas informações futuramente e manter o acompanhamento muito bem definido e detalhado.

Exemplos de perguntas para anamnese veterinária

Para ajudar ainda mais na realização desse procedimento, reunimos algumas questões que podem ser feitas e garantir um bom exercício para você adaptar à sua rotina e efetuar durante o seu atendimento veterinário. Confira:

  • O que está acontecendo?
  • Como iniciou o problema e há quanto tempo isso vem ocorrendo?
  • Qual é a frequência dos sintomas?
  • O problema tem relação com algum fato ocorrido?
  • Suspeita de alguma causa para o problema?
  • Como está o apetite?
  • Quais são as características fecais e a frequência de defecação?
  • Vômito ou algum outro sintoma evidente?
  • Teve doenças anteriores?
  • Recebeu ou tem realizado algum tratamento?
  • Toma ou já tomou algum tipo de medicamento?
  • Tem sido vacinado?
  • Qual é a dieta principal?
  • Tem acesso à rua (ou fugiu recentemente de casa)?
  • Houve melhora ou piora do quadro desde o aparecimento dos sintomas?

Dicas ao fazer perguntas para o tutor

Com as sugestões de perguntas, você deve ter notado que existem características em comum com o que vínhamos apontando, mas vamos explorá-las por meio de sugestões que vão ajudar a facilitar ainda mais a compreensão de como fazer uma anamnese veterinária eficiente.

Dicas ao fazer perguntas para o tutor
SOS Hospital (ES), cliente SimplesVet

1. Comece com perguntas abertas

Evite questões que possam ser respondidas com um simples “sim” ou “não”. Perguntas abertas, como “Como iniciou o problema e há quanto tempo isso vem ocorrendo?” estimulam o tutor a falar mais e compor mais peças para o seu quebra-cabeça de identificar o problema de saúde do pet.

2. Ouça atentamente o tutor

Na entrevista, é ainda mais importante que você tenha uma escuta atenciosa e ativa, evitando interrupções e respeitando o tempo e o momento que o tutor está vivendo.

3. Tenha cuidado ao perguntar sobre os medicamentos atuais

Lembre-se que um médico veterinário deve ser, acima de tudo, empático. Questões delicadas devem ser abordadas como tal, evitando abordagens e tons que soem insensíveis ou — como já apontamos anteriormente — carregados de julgamentos.

4. Entenda o estilo de vida do animal (manejo)

Sempre pergunte sobre o estilo de vida do pet, se ele passeia (e quantas vezes) frequentemente, quais são os hábitos de alimentação, lazer e sono, características comportamentais…

Isso tudo é valiosíssimo para que você preencha as lacunas do perfil e do estado de saúde do seu paciente. Afinal de contas, os animais demonstram o que estão sentindo com mudanças nesse padrão habitual deles.

Por exemplo: súbita falta de apetite sem causa definida ou desinteresse em passear quando, no dia a dia, o animal demonstra ansiosa empolgação pela atividade.

E questões assim devem fazer parte da sua anamnese veterinária.

5. Considere o perfil do tutor

Você também deve avaliar o perfil do tutor. Pois, como dissemos em tópicos anteriores, as pessoas agem e reagem de diferentes maneiras, em situações tensas como uma anamnese veterinária.

E, dessa forma, você também tem que identificar traços de personalidades que podem (ou não) comprometer a acurácia dos dados coletados durante a anamnese. Entenda melhor os principais perfis, a seguir:

  • cliente “falador”, que tenta conduzir a entrevista à sua maneira para sentir-se mais seguro e confortável;
  • cliente tímido, que pouco falam ou não se expressam completamente quando questionado;
  • cliente hostil, que rebate as questões e tende a sentir-se ameaçado com as perguntas;
  • “indagador”, que é o perfil de cliente insatisfeito e curioso, sempre questionando as suspeitas e decisões do profissional;
  • cliente “zeloso e preocupado”, que se expõe abertamente para entender o que está afligindo o seu animalzinho de estimação;
  • cliente “omisso”, que é aquele sempre ocupado ou ausente e pouco sabe sobre o seu bichinho de estimação;
  • “protetor”, que costuma ser zeloso, mas também agressivo com o veterinário, buscando soluções imediatas para o problema;
  • “on-line”, que é o cliente ocupado, na maioria das vezes, e que tenta resolver tudo rapidamente e à distância, se possível (por telefone ou via telemedicina veterinária).

Para cada um deles, você deve adaptar também a abordagem e o modo de tratamento com o cliente. Lembre-se, contudo, que a sua anamnese veterinária deve ser formal, imparcial, objetiva e transparente. Ou seja: o tratamento com a pessoa muda, não a forma de conduzir o procedimento, tá bem?

Simplifique a gestão de atendimentos clínicos com o SimplesVet
Levet (PR), cliente SimplesVet

Simplifique a gestão de atendimentos clínicos com o SimplesVet

Uma boa dica para você contar com processos eficientes, ágeis e seguros é a implementação de um software de gestão veterinária. Algo que pode auxiliar, e muito, na realização da anamnese animal, sabia?

No caso do SimplesVet, preparamos uma solução completa para a gestão veterinária. Afinal de contas, nós entendemos o quão desafiador é elaborar, atualizar e organizar todas as fichas de pacientes com os quais você lida periodicamente.

Um sistema digital facilita em todas as etapas, do registro à atualização de informações e, consequentemente, ao armazenamento da ficha (que tem todas essas informações essenciais salvas no mesmo lugar). Chega de anotações em papel — você pode usar o sistema no computador ou no seu dispositivo móvel e acessar os dados de qualquer lugar.

Além disso, o SimplesVet permite mais facilidade de relacionamento com os seus clientes, permitindo o envio de mensagens para os clientes, acompanhar as consultas etc..

Saiba mais: dicas para uma eficiente gestão de processos em uma clínica veterinária

Prontuário Médico

Um dos módulos diferenciados para a anamnese veterinária e também para cuidar de todas as atividades relacionadas ao atendimento médico: o prontuário médico do SimplesVet entende a importância desse documento na sua rotina e desenvolveu uma solução específica para que você tenha tudo sempre à mão, em segurança e organizado.

Módulo de Internação
Zoovet (MG), cliente SimplesVet

O SimplesVet permite a criação e o gerenciamento dos seus prontuários. Assim, tudo fica salvo no próprio sistema (que tem um servidor na nuvem) e as informações são atualizadas em tempo real para todos que têm acesso ao sistema e ao prontuário médico, especificamente.

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Módulo de Internação

Outra solução focada na anamnese veterinária é o módulo de internação do SimplesVet. 

Afinal, no mesmo sistema você tem acesso à informação necessária sobre as condições dos seus pacientes internados, estendendo-se aos dados que constam no prontuário.

No SimplesVet, você atualiza rapidamente o estado do animal, seus sintomas, o horário da próxima medicação ou mesmo a eventual necessidade de algum procedimento agendado.

Você gerencia e edita informações importantes em um só lugar, trazendo mais agilidade e eficiência ao seu trabalho.

Quer saber mais sobre o módulo de internação do SimplesVet? Dê uma conferida no vídeo abaixo!

Assim, você deve ter ficado mais consciente sobre o impacto positivo da tecnologia na sua gestão e também para o aprimoramento do seu trabalho na anamnese veterinária.

Inclusive, com todas as dicas, sugestões e orientações deste post, esse processo fundamental do exame clínico deve ser, agora, moldado às características da sua clínica veterinária e trazer resultados mais positivos em seus exames, consultas e avaliações.

Esperamos que este post tenha ajudado você a compor uma anamnese veterinária gradualmente melhor. E conte conosco para participar desse crescimento sustentável por meio de uma solução tecnológica essencial para revolucionar o seu trabalho!

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