Você sabe o que é a receita veterinária, mas consegue nos dizer os motivos para tê-la à mão em seus atendimentos? Afinal, esse tipo de documento é obrigatório para a prescrição de medicamentos e outros produtos controlados para os seus pacientes.
Ou seja: os tutores só podem comprar esses produtos restritos com o aval desse material disponibilizado pelos profissionais da área da saúde. Mas quanto tempo vale uma receita veterinária e como preenchê-la adequadamente? Essas e outras respostas você vai descobrir nos tópicos abaixo, dê uma conferida!
O que é uma receita veterinária?
A receita veterinária é um documento de prescrição médica que direciona o uso racional e adequado de medicamentos em animais de estimação. O responsável pela emissão e o preenchimento desse documento é o próprio médico veterinário. Afinal, é ele quem possui as competências e capacitações para fazer uma avaliação de saúde do paciente, diagnosticar o problema e prescrever o melhor tratamento.
E, com isso, a receita deve garantir que a abordagem terapêutica seja a mais clara possível para os tutores. Assim, eles conseguem adquirir os medicamentos (especialmente, quando são produtos com restrição de acesso) e também podem se orientar sobre como administrar cada medicamento, incluindo:
- dosagem;
- horários de aplicação;
- duração do uso de cada medicamento.
Ter uma receita veterinária, então, é um privilégio da profissão. Justamente por isso, você deve cuidar muito bem desse processo clínico para garantir a segurança e o uso ético desse tipo de material.
Qual é a importância da receita veterinária?
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Acima, mencionamos que a receita veterinária concentra, essencialmente, tudo aquilo que o tutor precisa saber para lidar com o tratamento do seu pet.
Além disso, o documento pode ser obrigatório para o acesso a medicamentos controlados. Sem a receita, o tutor não pode obtê-lo em uma farmácia veterinária. É, portanto, uma espécie de autorização concedida pelo médico veterinário — o que apenas aumenta a responsabilidade desse profissional em prescrever suas receitas.
Saiba mais: aprenda tudo sobre o Direito do médico veterinário
Quais tipos de medicamentos precisam de receita veterinária?
Normalmente, são os produtos de acesso controlado. Nesses casos, além da receita, os médicos veterinários devem realizar o credenciamento no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro). Trata-se de um braço gerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Atualmente, esse processo é obrigatório e o profissional só vai conseguir prescrever a receita e também solicitar a aquisição dos respectivos medicamentos se tiver o cadastro na plataforma.
Mas quais tipos de medicamentos precisam de receita veterinária? Em geral, são aqueles que constam no Anexo I da Instrução Normativa nº35/2017 — são aqueles com uma ou mais substâncias dentro da lista, como:
- acepromazina;
- clembuterol;
- cetamina.
Entre outros. A lista completa você pode conferir neste link aqui. E se tiver dúvidas sobre os cuidados e deveres com relação à comercialização desse tipo de produto, confira a íntegra do ofício-circular nº 13/2019/CPV/DFIP_2/SDA/MAPA.
Qual é o processo clínico para emitir uma receita veterinária?
Toda clínica deve seguir alguns protocolos e planejamentos que otimizem o atendimento veterinário. E, como já mostramos até aqui, o uso da receita não é (e não deve ser) algo que se realiza sem a devida necessidade.
Afinal de contas, estamos falando de uma grande responsabilidade e do acesso a substâncias que, por diferentes motivos, são consideradas restritas para a população geral. É aí que o profissionalismo, a ética e o discernimento do veterinário entram em cena.
Realize a consulta
O primeiro passo é, também, o mais lógico: participar de uma consulta em que você deve realizar todos os procedimentos clínicos para examinar o paciente.
Afinal, nem sempre o resultado da consulta vai determinar a necessidade de uma receita veterinária. Pois, como já destacamos e você deve saber, nem todo medicamento demanda a necessidade de uma prescrição.
Contudo, faz parte do trabalho do médico veterinário esclarecer, informar e orientar com relação a todas as etapas do tratamento — independentemente de quão simples seja.
É o que faz toda a diferença para agregar valor ao serviço veterinário, garantir a segurança e saúde e o bem-estar dos pets sob a sua responsabilidade e evitar problemas pós-atendimento. Imagine, por exemplo, que um tutor inicie o tratamento de maneira equivocada porque o médico veterinário não repassou as informações corretas?
Apure o diagnóstico
Com o diagnóstico, é hora de filtrar as melhores alternativas para cuidar daquele paciente, especificamente. E, aí, a determinação dos medicamentos vai ocorrer conforme tais características, como:
- espécie animal;
- peso;
- idade;
- particularidades (como alergias contra determinadas substâncias etc.).
Assim, fica mais fácil ter à mão a melhor abordagem para tratar dos seus pacientes.
Emita a receita veterinária
A etapa final é, também, bastante lógica: preencha e emita a receita veterinária de acordo com todas as conclusões obtidas nas etapas anteriores (consulta, exames e outros procedimentos aplicados para chegar ao diagnóstico).
A respeito do preenchimento, adiante vamos explicar quais são as informações fundamentais para esse tipo de documento ser legal e cumprir com os seus objetivos.
Quanto tempo vale uma receita veterinária?
As informações são bem precisas com relação à validade de uma receita veterinária: elas têm um ciclo de vida útil de 180 dias (ou 6 meses). Nesses casos, o tutor tem até a data limite que constar a partir da data de emissão da receita para solicitar o medicamento.
E é sempre bom ressaltar: uma vez expirado o prazo, a receita veterinária perde a sua validade legal. E, aí, o tutor deve entrar em contato com o médico veterinário novamente para solicitar uma nova versão caso ele necessite dos medicamentos em questão.
Como uma receita veterinária deve ser preenchida?
É normal ter dúvidas quanto ao preenchimento correto da receita veterinária. E isso vale para profissionais de saúde em geral. Lembrando, logo de cara, que não se deve rasurar um documento oficial deles porque ele vai perder, automaticamente, a sua legalidade.
Devem existir, contudo, informações gerais que vão auxiliar os tutores em todo o processo de compra e de administração dos medicamentos. Por isso, sua receita deve ser preenchida com:
- dados da prescrição;
- assinatura e identificação do profissional;
- número de registro no conselho do seu ramo de atuação;
- informações terapêuticas do tratamento;
- adequação às necessidades do paciente;
- contraindicações;
- nome e endereço do cliente;
- nomes dos medicamentos e/ou substâncias prescritos;
- quantidade e/ou dosagem do tratamento aplicado;
- data da prescrição.
Quais as responsabilidades do médico veterinário na emissão de receitas?
Dentro de toda essa ideia de prescrição de medicamentos e os respectivos cuidados e responsabilidades, vale a pena discutir sobre as responsabilidades do médico veterinário na emissão de receitas.
A seguir, selecionamos os pontos-chave que devem ser percorridos ao longo de um atendimento. Essa jornada, quando bem-sucedida, vai definir um atendimento veterinário de excelência na sua clínica. Confira quais são, abaixo!
Avaliar o estado do animal
Cabe ao médico veterinário uma avaliação completa do animalzinho levando em consideração as melhores práticas para isso.
E tem mais: o prontuário veterinário é outro documento elementar nessa etapa. É por meio dele que você vai manter um registro completo e continuamente atualizado do paciente e, assim, tornar o atendimento mais ágil, organizado e eficiente.
Realizar o diagnóstico preciso
O diagnóstico preciso está, também, entre as principais atividades do médico veterinário. É a partir de todos os elementos de avaliação que essa decisão vai ser alcançada (o que inclui a anamnese veterinária). E, consequentemente, você vai ter tudo o que precisa para definir um diagnóstico assertivamente.
Prescrever os medicamentos
Após o diagnóstico, cabe ao profissional a seleção de medicamentos e/ou procedimentos terapêuticos que vão permitir o tratamento adequado do paciente. Perceba, então, que toda a jornada de atendimento veterinário passa diretamente pelas responsabilidades e obrigações do médico veterinário. Não à toa, é uma profissão cheia de cuidados para garantir que todos os pacientes obtenham o devido tratamento e, também, que a ocorrência de erros e imprevistos seja a menor possível.
Dar orientações sobre o uso garantindo o bem-estar do animal
Por fim, tanto a receita veterinária quanto o atendimento do profissional devem destacar todas as orientações sobre o uso dos medicamentos e ações terapêuticas para que, com isso, garanta o bem-estar do animal.
Uma dica: ao final da consulta, peça para que os tutores leiam e releiam as informações contidas na receita veterinária. E mais: certifique-se de perguntar se eles têm alguma dúvida — sobre a consulta, o diagnóstico e o próprio tratamento. É essencial que as pessoas saiam da sala de consulta sem interrogações sobre suas cabeças.
Receita veterinária digital: o que é?
Sabe a tradicional receita médica, que os pacientes recebiam em mãos, com todas as informações prescritas em papel? Pois então, a receita veterinária digital segue as mesmas indicações iniciais, mas com uma grande diferença: essa é uma versão eletrônica do documento.
O mais interessante é que ela possui validade legal, igualmente. Ou seja: os médicos veterinários podem utilizá-la e todos os seus atendimentos e, com isso, os tutores podem ter essa versão com eles sem o risco de perdê-la (como acontece com o documento em papel). Assim, seu preenchimento, edição, acesso e compartilhamento são facilitados.
Como funciona a receita veterinária digital?
Basicamente, uma receita veterinária digital tem as mesmas informações do que a receita impressa no papel. A questão, aqui, é que você deve identificar a melhor forma de composição do receituário e de garantir uma assinatura eletrônica ao documento.
É assim, e só assim, que você vai emitir um documento legal e do qual os tutores vão poder utilizar para a compra de medicamentos controlados para os seus estimados pets.
Como validar receita digital veterinária?
Os dados do profissional veterinário devem estar ativos e em ordem, assim como o certificado digital e sua assinatura eletrônica. Esses elementos, como mencionamos, permitem que a emissão da receita digital veterinária ocorra.
Por sua vez, a validação deve ser feita pelo atendimento da farmácia veterinária a partir da apresentação do documento pelo tutor. Após o processo, a receita deixa de ter aplicação, já que foi validada.
E atenção: como a gente já tinha falado, também, cuidado com a data de validade da receita. Lembre-se de orientar os seus clientes a respeito disso para que nenhum prazo seja descumprido, correndo o risco de desvalidar o uso da receita em um momento de necessidade.
Por que os clientes devem evitar a automedicação animal?
Todo médico veterinário (ou a maioria) já deve ter passado por situações em que os tutores, afoitos na tentativa de lidar rapidamente com o problema de saúde dos seus pets, realizaram um tratamento emergencial (ou contínuo) por conta própria.
E, certamente, a reação deles deve ter sido a mesma: um belo corretivo nessas pessoas, uma vez que nem todo medicamento aplicável a seres humanos funcionam com os pets.
Pior: em certos casos, podem causar problemas, e não tratá-los.
Com isso, vale sempre a pena dar uma pequena palestra aos clientes — possivelmente, no primeiro atendimento. Nela, explique o que pode e não pode ser feito ao lidar com os animais. Mostre quais sinais eles podem identificar para avaliar se existe algo de errado e oriente-os sobre a melhor solução caso percebam que há, de fato, um problema.
Quer uma dica simples? Apresente-se como referência nos atendimentos presenciais e também na internet. Use as redes sociais para educar, conscientizar e alertar os seus consumidores e clientes em potencial — mas atenção: isso não exclui a importância e necessidade de orientar os tutores durante as consultas, viu?
Como armazenar os remédios indicados pela receita veterinária?
Cada medicamento e insumo, no geral, tem as suas próprias características. O que inclui a atenção dedicada à melhor forma de armazenamento desses produtos.
Confira, sempre, as orientações do fabricante para garantir que a sua clínica tenha todas as condições para alocar esses itens de maneira segura, organizada e eficiente.
Vale, inclusive, prestar atenção à data de validade de cada produto. E, nesse caso, um bom software de gestão tem tudo para tornar a sua rotina mais assertiva e otimizada possível.
Isso porque, o registro dos produtos pode incluir a data de validade de cada um deles. Dessa maneira, você sempre saberá quais devem ficar à frente para uma eventual transação, minimizando os prejuízos em decorrência da perda dos medicamentos com a data de validade expirada.
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Conclusão
A receita veterinária é um documento cuja emissão é obrigatória quando os seus clientes necessitarem de medicamentos controlados. O documento também serve como orientação básica com relação ao tratamento elaborado para o paciente.
Isso inclui o tempo de tratamento, a dosagem e/ou quantidade e as próprias substâncias/medicamentos prescritos. Pois é a partir daí que os seus consumidores podem adquiri-los e iniciar o tratamento prontamente para cuidar dos seus animais de estimação.
Também, mencionamos como o SimplesVet pode ser um grande aliado nesse processo. Inclusive, nossa ferramenta de gestão pode ser de grande ajuda para a elaboração de modelos de receitas. Assim, você já as têm quase finalizadas, tendo só que modificar informações específicas de cada paciente.
Ou seja: mais agilidade, precisão e eficiência operacional para o seu negócio. Quer ver na prática como isso tudo funciona? A gente te ajuda: é só clicar aqui para testar o SimplesVet gratuitamente por 7 dias!