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Centro Cirúrgico Veterinário: normas, equipamentos e custos!

Centro Cirurgico Veterinário

Equipe SimplesVet  –  

Tempo de leitura: 9 minutos

Um centro cirúrgico veterinário agrega muito valor a qualquer hospital ou clínica, já que concentra, em um só lugar, tudo o que seus pacientes necessitam.

Mas lembre-se que essa é uma decisão que envolve muito, muito planejamento e cuidado em alinhar-se a todas as regras e normas para um centro cirúrgico veterinário. Afinal de contas, é a segurança dos seus pacientes que está em jogo.

Só que não há motivo para preocupação porque este post vai te ajudar a analisar, etapa por etapa, todo o processo para montar o seu centro cirúrgico. Confira, a seguir!

Normas do CFMV para o atendimento cirúrgico

O primeiro passo para montar o seu espaço consiste em avaliar o que o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) regulamenta sobre o assunto. E, no geral, são orientações objetivas, focando em um mínimo necessário para estruturar o centro cirúrgico e garantir o pronto (e eficiente) atendimento e a realização de procedimentos em seus pacientes.

A regulação sobre o tema, inclusive, não é tão antiga. A resolução 1015 data do ano de 2012, que foi quando o Conselho Federal de Medicina Veterinária publicou os critérios mínimos para estabelecer um centro cirúrgico veterinário. E são os seguintes conforme consta no capítulo 2 da resolução:

  • área exclusiva e destinada à antissepsia e paramentação dos profissionais, com pia e dispositivo dispensador de detergente sem a necessidade de acionamento manual;
  • sala exclusiva para o preparo e a recuperação de pacientes;
  • uma sala de lavagem e esterilização de materiais. Nela, devem conter equipamentos para lavar, secar e esterizá-los também.

Nesse último aspecto vale destacar que o CFMV suprime a necessidade de uma sala de lavagem e esterilização quando ocorrer a terceirização desses serviços — e de modo comprovado pela clínica veterinária.

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Estrutura e espaço no setor cirúrgico de clínicas ou hospitais

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Com relação à estrutura de um centro cirúrgico, vale destacar que a orientação mínima do CFMV leva em consideração o atendimento de animais de pequeno e médio porte.

Só que você também deve adaptar a sua infraestrutura ao planejar, também, a quantidade de pacientes que podem ser atendidos simultaneamente — além do espaço necessário para a recuperação e/ou internação dos pacientes.

Mas dá para apontar uma infraestrutura média e que pode ser replanejada conforme as suas necessidades. Entenda melhor, a seguir.

Sala de preparo e unidade de recuperação

A sala de preparo e unidade de recuperação é aquela em que os pacientes recebem um primeiro atendimento pré-cirúrgico e onde também são monitorados até que se recuperem plenamente e sigam para casa ou para a área de internação, conforme cada caso.

Salas de lavagem e antissepsia

Esse tipo de ambiente tem como principal objetivo o armazenamento de equipamentos veterinários, bem como a área dedicada à lavagem, secagem e esterilização desses materiais.

Lembrando que essa sala pode ser suprimida do seu projeto  de centro cirúrgico veterinário se houver a terceirização desse tipo de serviço no seu empreendimento.

Sala de atendimento cirúrgico

Aqui, não tem muito segredo: essa é a sala onde acontecem as intervenções cirúrgicas nos seus pacientes.

Estrutura e espaço no setor de internação

Ja apontamos, acima, quais são os espaços fundamentais para uma área cirúrgica veterinária, mas existe, ainda, outro cuidado: a área de internação.

Afinal, nem sempre um animalzinho vai da mesa de cirurgia de volta para o lar, tendo que dedicar uma atenção além daqueles minutos na área de recuperação.

Por isso, vale a pena considerar uma infraestrutura no setor de internação que preveja:

  • sala de procedimentos;
  • posto de enfermagem;
  • sala para animais que estejam sofrendo de algum tipo de processo infeccioso;
  • sala para animais que não possuam nenhum tipo de processo infeccioso;
  • sala específica para outros tipos de animais (por exemplo: cães e gatos).

Nesse espaço, inclusive, você pode optar pela sala de procedimentos para a realização de tarefas de identificação do paciente, mantendo-o na área de internação para o repouso e monitoramento da sua saúde.

Normas para centro cirurgico veterinário
Estrada Real (MG), cliente SimplesVet

Além disso, o próprio posto de enfermagem sugerido acima tem capacidade logística para dar suporte geral a todas as suas de internação..

O ponto, aqui, está na otimização de espaço desde que sejam respeitadas todas as exigências e os cuidados necessários para manter as áreas limpas, esterilizadas e seguras para todos os pacientes.

Vale inclusive, pensar em uma infraestrutura aliada em conveniência, conforto, comodidade e ergonomia. Nesses casos, estamos falando dos seus profissionais também.

Especialmente, quando a área de internação conta com um sistema vertical de organização. De nada adianta empilhar áreas apropriadas para o repouso dos animaizinhos sem que a sua equipe consiga alcançar, adequadamente, todos os espaços.

Leia também: a história do SOS Hospital Veterinário (ES).

Ambientes de circulação no centro cirúrgico veterinário

Uma boa maneira de manter todo o espaço do seu centro cirúrgico veterinário seguro, organizado e protegido é por meio da classificação de áreas por zonas.

Assim, fica mais fácil planejar a concepção dos ambiente e saber, exatamente, o que fazer e como proceder dentro de cada um deles. Confira, a seguir, com base nos três tipos de zonas que podem ter em um ambiente de circulação em centros cirúrgicos.

Zona contaminada

Aqui, estamos falando de uma área na qual não existe a necessidade de uso de roupas especiais. Profissionais podem trajar seus uniformes ou roupas do dia a dia e. Alguns exemplos de zonas contaminadas são:

  • área de recepção dos seus pacientes;
  • sala de pré-operatório;
  • sala de anestesia
  • vestiários.

Zona mista

Por sua vez, a zona mista é uma área que já demanda a utilização do pijama cirúrgico, ao circular por ali. E isso pode ser, por exemplo, nos corredores que conectam as salas do seu centro cirúrgico veterinário, mas também o setor onde são processados os instrumentos.

Zona limpa

Na zona limpa, a atenção com relação à segurança e proteção dos pacientes é completa, e isso significa que seus profissionais devem estar trajados com:

  • pijama cirúrgico;
  • gorro;
  • máscara;
  • propé.

Pois são consideradas zonas limpas as áreas de paramentação, de esterilização dos materiais e também as suas salas cirúrgicas.

Funcionários: profissionais na equipe cirúrgica

Quando pensamos no cuidado associado aos seus funcionários e à implementação de uma equipe multidisciplinar para o centro cirúrgico, o assunto é extenso.

Afinal de contas, deve existir um mínimo de infraestrutura para a realização de procedimentos, mas o porte da sua equipe depende da quantidade de serviços que podem ser realizados simultaneamente na sua clínica ou hospital veterinário.

Sem falar na diversidade ampla de especialidades que você pode acumular, no seu repertório de serviços, que apenas vai dar amplitude ao quadro de colaboradores. Por exemplo:

Entre tantos outros. Mas é de se mencionar que existe um corpo clínico que se adapta facilmente às necessidades básicas de qualquer centro cirúrgico veterinário.

E, a seguir, vamos explicar melhor sobre esses cargos e suas respectivas funções e responsabilidades no dia a dia dessa área tão importante da medicina veterinária.

Cirurgião chefe

Esse é o principal responsável pelo paciente, além de conduzir todo o ato operatório. O que também inclui outras atividades e obrigações, como:

  • participar de toda a intervenção — da abertura ao fechamento da incisão;
  • acompanhamento do tratamento do paciente;
  • respeitar as indicações do anestesista.

Também é importante destacar que o cirurgião chefe é o último a se paramentar, em um centro cirúrgico e que os comandos e instruções também partem dele, sempre prezando pelo cuidado com o paciente e o respeito com seus colegas de trabalho.

Cirurgião auxiliar

Por sua vez, o cirurgião auxiliar tem como principal objetivo o monitoramento de cuidados pré e pós-operatórios em geral. O que inclui:

  • o esvaziamento da bexiga do paciente;
  • ajustar e trocar o curativo, além de avaliar a prescrição pós-operatória
  • auxiliar o cirurgião quando necessário e/ou solicitado — inclusive, podendo substituir o cirurgião chefe se fizer-se a necessidade.

Esse profissional se paramenta logo após o instrumentador e também responde por outras atenções dedicadas ao paciente.

Instrumentador

Por falar no instrumentador, esse tipo de profissional, em um centro cirúrgico veterinário, preza pela organização do ambiente, sendo o primeiro a se paramentar.

Confira, a seguir, as principais atribuições do instrumentador:

  • auxiliar na confecção dos curativos;
  • entregar os instrumentos solicitados com rapidez e firmeza;
  • atender às solicitações do cirurgião;
  • deixar pronta a caixa de material, com todos os instrumentos já esterilizados;
  • montar a mesa de instrumentos;
  • fazer o efetivo controle da mesa de materiais e também dos gazes e compressas
  • realizar a limpeza dos instrumentos usados;
  • monitorar todo o processo de assepsia.

Enfermeiros

No geral, podemos dividir as atribuições dos enfermeiros entre:

  • o 1º enfermeiro, que permanece fixo na sala e tem como principal missão o atendimento das solicitações médicas ao longo de uma intervenção cirúrgica;
  • o 2º enfermeiro, que é responsável por estabelecer e manter toda a comunicação com o exterior, durante o ato.
Sala cirurgica veterinária
Vet Medical Center (ES), cliente SimplesVet

Equipamentos necessários no centro cirúrgico veterinário

Acima, falamos bastante a respeito de materiais e instrumentos usados em um centro cirúrgico, mas, afinal de contas, quais são eles?

A resposta mais objetiva seria: depende. Afinal, tudo varia conforme a necessidade de cada intervenção e das especialidades atendidas na sua clínica ou hospital veterinário.

Acontece que a Resolução 1015 — aquela desenvolvida pelo CFMV — explora os requisitos mínimos de equipamentos que devem constar em um centro cirúrgico veterinário.

Quer saber quais são? Confira a lista a seguir e comece a planejar ainda hoje o espaço do seu centro:

  • mesa cirúrgica impermeável (e também que seja de fácil higienização) e também uma mesa auxiliar;
  • equipamentos necessários para a eficiente realização da anestesia inalatória — inclusive,  com a presença de ventiladores mecânicos;
  • equipamentos para monitorização anestésica. Esse equipamento deve, pelo menos, monitorar a temperatura corporal, a oximetria, a pressão arterial e o eletrocardiograma;
  • sistema de iluminação emergencial;
  • foco cirúrgico;
  • instrumentais de acordo com a quantidade e necessidade de cada procedimento;
  • aspirador cirúrgico;
  • provisão de oxigênio;
  • instrumentos para a intubação endotraqueal;
  • sistema de aquecimento (um colchão térmico).

Vestimentas e equipamento de proteção individual

E no que diz respeito às vestimentas e equipamento de proteção individual em um centro cirúrgico veterinário? Abaixo, vamos explorar um pouquinho sobre eles, confira!

Máscaras cirúrgicas

Isso é indispensável para áreas de zona limpa e o seu centro cirúrgico deve ter estoque suficiente para todos e, inclusive, para emergências nas quais a substituição do EPI se faça necessária.

Aventais impermeáveis de manga longa

Os aventais são fundamentais, também, para a efetiva realização de procedimentos cirúrgicos sem apresentar riscos de assepsia aos pacientes.

Óculos de segurança

Os óculos de segurança são também importantes para a proteção do profissional, inclusive, que vai contar com acessórios qualitativos para a condução de suas intervenções cirúrgicas.

Jalecos

Os jalecos são muito usados em zonas limpas, mistas e contaminadas, até. Tudo depende de acordo com a política da sua clínica ou hospital veterinário além, é claro, da necessidade de uso desse tipo de EPI. 

Luvas cirúrgicas

As luvas cirúrgicas são tão relevantes quanto qualquer outro EPI, mas a necessidade de manuseio de instrumentos, objetos e também o paciente exige que esse acessório faça parte do trabalho cotidiano de toda a equipe de um centro cirúrgico veterinário.

Processos na gestão do centro cirúrgico veterinário

Ao longo deste artigo, vimos que o cumprimento da regulação proposta pelo CFMV é um grande passo rumo à implantação de um centro cirúrgico veterinário.

Mas esse não é o único processo. Para manter toda a sua gestão veterinária sob controle é necessário mapear todo o fluxo de trabalho pré e pós-operatório além da condução de toda e qualquer intervenção que o seu estabelecimento ofereça.

E isso também inclui o armazenamento de dados e dos registros de cada paciente. O prontuário médico, por exemplo, é relevantíssimo.

Quanto custa para montar um centro cirurgico veterinário
Unicare (MG), cliente SimplesVet

Só que vale mencionar que para todas essas ações de gestão, você pode contar com o auxílio prático de um sistema de gestão. Com soluções tecnológicas assim, pensadas para o seu setor de atuação, especificamente, seu trabalho fica ainda melhor.

Isso porque, um software pensado para o seu setor concentra soluções de armazenamento, edição e compartilhamento das informações em um ambiente seguro e acessível de qualquer lugar — pois os dados ficam salvos na nuvem.

Assim, todos os seus processos de gestão se tornam mais ágeis, precisos e fáceis de acessar e utilizar quando necessário. E você sabe o quanto isso é importante, especialmente diante de uma emergência no seu centro cirúrgico veterinário, certo?

Saiba mais: passo a passo para montar uma clínica veterinária

Custo médio para abrir e manter um centro cirúrgico veterinário

Essa é uma questão que podemos apontar como “depende”, mais uma vez, para apresentar um custo médio. É de se destacar, contudo, que um consultório veterinário tem o custo mínimo e aproximado de R$ 100 mil como investimento inicial.

Leve em consideração que o seu estabelecimento precisa de ajustes e investimentos amplos, também, e de acordo com a infraestrutura desejada para o seu centro cirúrgico.

Nossa dica é que você sempre avalie mais de um orçamento para a implementação de um projeto desses. Assim, é possível estabelecer a média praticada no mercado para, em seguida, flexibilizar cada proposta dentro dos seus interesses e necessidades.

Lembrando que, em geral, para manter um centro cirúrgico veterinário você precisa de:

  • infraestrutura;
  • equipamentos;
  • mão de obra;
  • recursos, como materiais e instrumentos.

E lembre-se que o auxílio tecnológico é providencial, também, para manter sob controle e monitoramento a necessidade de reabastecimento dos seus produtos. Tudo isso, para agregar segurança e eficiência em todas as etapas de trabalho do seu centro cirúrgico veterinário.

Normas da Anvisa para Centro Cirurgico Veterinário
Zoovet (MG), cliente SimplesVet

Conclusão

Montar um centro cirúrgico veterinário demanda, sim, muito planejamento e atenção riquíssima aos menores detalhes. Isso porque, toda a atividade é envolta no cuidado em garantir a assepsia dos ambientes de preparação, de cirurgia e do pós-operatórios, além de contar com uma equipe bem paramentada e qualificada a realizar todo tipo de atividade.

E cabe a você elaborar o melhor centro cirúrgico para garantir qualidade aos serviços prestados e total apoio aos especialistas que vão conduzir os procedimentos.

Considere, também, o SimplesVet como parceiro da sua gestão. Nossa plataforma concentra todos os recursos e ferramentas que vão fazer parte do seu dia a dia e ser um alicerce de desenvolvimento a partir do momento em que acontecer a inauguração do seu pet shop — antes, até, para o cadastro de todos os seus produtos e serviços. Clique aqui e experimente o sistema gratuitamente por 7 dias!

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